sexta-feira

Artigo do Correio da Beira Serra

Datada da segunda metade do século XVII e ornamentada com uma pedra de armas na fachada, a Capela de S. José, em Gavinhos de Cima pode ter os dias contados a comprovar pelo elevado estado de abandono a que tem estado sujeita há mais de três décadas.
Localizada em pleno centro da localidade de Gavinhos de Cima, freguesia de Oliveira do Hospital, a Capela de São José ameaça ruir a qualquer momento.
Sem grande parte do telhado, o monumento religioso encontra-se sem o seu espólio e está invadido por um denso matagal.

Artigo do Diário As Beiras

Capela de São José, em Gavinhos de Cima, Oliveira do Hospital, edificada no século XVII, encontra-se há vários anos em ruínas. A maior parte do telhado já caiu e o seu interior está completamente invadido por um denso matagal.
O estado do edifício pode colocar em causa a integridade física das pessoas que passem no local, uma vez que é ladeada por dois caminhos públicos.

Post do Blog 31 da Armada

Ainda bem que, entre os destroços a que somos condenados,ainda há almas que denunciam o estado a que chegou o nosso patrimóniohistórico. E no horizonte podem ver-se nuvens de chumbo, carregadas. Há cadavez menos milhões para atirar para a fornalha das futilidades públicas e dassinecuras várias. O lençol está a encolher e desconfio saber o que vai ficardescoberto. Tão descoberto como o "solo consagrado" da Capela de S.José, em Gavinhos de Cima, Oliveira do Hospital. Que este exercício de livre edesinteressada cidadania ao menos sirva para despertar consciências e convocarboas vontades.

Oliveira do Hospital abandona património histórico à destruição

Edificada na segunda metade do séc. XVII, a Capela de São José, em Gavinhos de Cima, pequena povoação nas imediações de Oliveira do Hospital, foi, em tempos, uma ilustre representante da arquitectura religiosa popular do Seiscentismo tardio português.
Hoje em dia, a Capela está completamente em ruínas, situação para que em muito contribui o facto de a autarquia de Oliveira do Hospital e o IGESPAR ainda não terem classificado o monumento. Além, é claro, da evidente negligência de sucessivos proprietários.
Inclusivamente, como o telhado desapareceu, o interior da Capela está coberto de um denso matagal. Este monumento caminha pois para uma destruição inexorável e irreversível.
A incúria dos privados junta-se à demissão das autoridades para, de mão dada, nos levarem pela vereda que leva à perda do nosso património, da nossa memória e da nossa identidade.

Ajude a alertar para esta situação. Escreva ou telefone para:

Câmara Municipal de Oliveira do Hospital
Morada: Largo Conselheiro Cabral Metello
3400-062 Oliveira do Hospital
Telefone: 238605250
Fax: 238609739
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Gabinete de Apoio à Presidência
Telefone: 238605259
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Gabinete de Educação, Cultura, Ambiente e Desporto
Telefone: 238605267

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IGESPAR
Palácio Nacional da Ajuda, 1349-021 Lisboa
T.: +351 21 361 42 00 - Tlm.: 964 46 55 98/65 73/53 48
F.: +351 21 363 70 47
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Director Luís Filipe Coelho
Palácio Nacional da Ajuda, 1349-021 Lisboa
T.: +351 21 361 42 00  -  F.: +351 21 363 70 47
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Subdirectores Ana Bivar
Contactos T.: +351 21 361 42 00 -  F.: +351 21 363 16 17 

Da devoção ao abandono. Breve história da Capela de São José em Oliveira do Hospital

De acordo com a notável investigação desenvolvida pelo Arq. Eduardo Osório e publicada na sua obra monumental “Raízes da Beira”, a Capela de São José, em Gavinhos de Cima (pequena povoação nos arredores de Oliveira do Hospital), foi instituída no último quartel do séc. XVII por Manuel Garcia da Fonseca, filho de António Garcia e de sua mulher e prima Ana da Fonseca.
Com a morte de Manuel Garcia da Fonseca, a administração da Capela de São José passou para o seu primo direito Manuel de Sequeira de Abreu Castelo Branco, filho de Roque Fernandes de Abreu e de sua mulher e prima Maria Garcia de Sequeira Castelo Branco, meia - irmã do António Garcia, acima mencionado.
Aliás, a fachada da Capela está ornamentada com uma pedra de armas magistralmente esculpida em granito, que ostenta um escudo esquartelado com as armas de Abreus, Garcias, Sequeiras e Fernandes (?) com timbre de Abreu.
Tudo indica que a administração da Capela de São José, em Oliveira do Hospital, se manteve nesta família por mais duas ou três gerações, até ao princípio do séc. XIX, altura em que aparentemente mudou de mãos.
As informações são escassas mas, ao que parece, na década de 1960, a Capela de São José e terreno circundante eram propriedade da família do Gen. Santos Costa, antigo Ministro da Defesa.
Segundo informações recolhidas no local, já na década de 1980, os então proprietários do terreno tentaram transferir a Capela para o centro de Oliveira do Hospital, plano que abandonaram face à oposição da população de Gavinhos. A verdade é que ainda hoje todas as pedras estão marcadas e numeradas.
De acordo com fonte da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, recentemente o terreno onde está edificada a Capela de São José foi vendido. Esperemos que não tenha sido a alguém menos dado a estas "subtilezas" da protecção do Património...
Consultando o Regulamento do Plano Director Municipal de Oliveira do Hospital ( http://www.cm-oliveiradohospital.pt/site2/geral/mostra_ficheiro.php?idfich=138 ), publicado em 1997 e revisto em 2007, a Capela de São José está em fase de classificação há, pelo menos, 14 anos…
Recorde-se que a classificação da Capela de São José é um passo essencial para salvaguardar a sua existência e inverter o processo de ruína acelerada em que o monumento se encontra.